Limpeza
Ter as unhas sujas, para além de constituir um sinal de desleixo ou
descuido, também pode ser perigoso, pois os microorganismos que se acumulam por
baixo da extremidade livre e nas ranhuras laterais encontram as condições
ideais para a sua multiplicação, o que pode originar uma infecção. Por isso, a
limpeza das unhas deve ser periodicamente realizada, como parte da higiene
corporal quotidiana.
De qualquer forma, deve-se igualmente ter em conta que uma limpeza
inadequada, demasiado insistente ou com elementos não apropriados também pode
ser contraproducente. Por exemplo, caso se pretenda eliminar a sujidade
acumulada na extremidade livre e no dedo através da utilização de um
instrumento pontiagudo ou com filamentos pode-se proporcionar o aparecimento de
pequenas feridas na pele ou desunir a unha do seu leito e eliminar uma barreira
natural protectora, o que favorece o desenvolvimento de infecções.
Para além dos cuidados higiénicos realizados na manicura, a melhor
maneira de limpar quotidianamente as unhas consiste na sua escovagem, através
da utilização de uma pequena escova, especificamente elaborada para esse fim,
embuída em água com sabão, passando-a pela ponta dos dedos, pela parte de trás
das unhas e pelas ranhuras laterais. Por fim, deve evitar-se a utilização de
escovas com cerdas duras, já que podem raspar demasiado a pele e provocar
erosões.
Corte
Como as unhas crescem de maneira contínua a diferente velocidade, em
média cerca de 3 a 4 mm por mês, devem ser cortadas com alguma regularidade, a
menos que se efectuem actividades que impliquem um desgaste equivalente. Caso
não se corte regularmente as unhas, a sua extremidade livre vai
progressivamente ultrapassando a ponta dos dedos, tendo igualmente tendência
para engrossar de forma irregular, ao ponto de dificultar gestos e proporcionar
o aparecimento de uma brusca ruptura em qualquer zona. Como é óbvio, o
comprimento das unhas depende igualmente de questões estéticas, pois não se
deve subestimar o seu papel de adorno, já que existem pessoas que têm,
inclusivamente, as unhas compridas porque entendem que lhes dá um traço de
magnificência ou que constitui um sinal de labor intelectual...
As unhas devem ser cortadas com um instrumento afiado - tesoura ou
corta-unhas - que permita aplicar uma pressão idêntica nas duas superfícies. O
corte deve ser sempre o mais direito e simples possível. Como complemento,
deve-se limar suavemente a extremidade livre, de dentro para fora, de modo a
eliminar pequenas irregularidades. Embora algumas pessoas prefiram cortar as
unhas depois do banho, quando estão mais moles, é preferível aguardar um bocado
até que fiquem secas para serem devidamente limadas. As pessoas com profissões
em que movimentem muito os pés e as mãos, devem deixar de lado as questões
estéticas e os imperativos da moda, já que o ideal é cortar as unhas
aproximadamente na linha do dedo, de modo a que descrevam a sua forma curvada e
deixem sobressair ligeiramente, alguns milímetros, a lâmina ungueal da zona de
aderência para o leito ungueal. Desta forma, garantem uma maior solidez à ponta
dos dedos e proporcionam-lhes uma correcta protecção, sendo também importante
para manter a ranhura reduzida, onde se acumulam a sujidade e os
microorganismos.
Unhas dos pés
As unhas dos pés necessitam das mesmas atenções que as das mãos, apesar
de não acumularem tanta sujidade, a menos que se tenha o hábito de andar
descalço, e de serem facilmente limpas com um banho regular. O principal cuidado
das unhas dos pés corresponde ao seu corte, em condições normais, uma vez por
semana ou de quinze em quinze dias. Como as unhas dos pés costumam ser muito
duras, sobretudo a do primeiro dedo, há quem opte por cortá-las após o banho e
quem prefira amolecê-las, mantendo-as previamente num recipiente com água
morna.
Em relação à sua medida ideal, considera-se que as unhas dos pés não
devem ser nem demasiado longas nem demasiado curtas, devendo estar
aproximadamente na linha dos dedos. Mais importante que o seu comprimento é a
forma consequente do seu corte, já que é fundamental que a extremidade livre
fique direita e não em semicírculo, ou seja, sem curvatura para os lados.
Assim, o crescimento da unha provocaria a sua penetração nas extremidades
ungueais e o aparecimento de um problema muito incómodo como a unha encravada,
cujo principal factor de predisposição corresponde precisamente a um corte
inadequado. Esta precaução adquire uma maior relevância quando se trata do
primeiro dedo, que é o mais susceptível de ser afectado por este problema.
Cutículas
A pele que tem a tendência para crescer nas
extremidades laterais da unha e sobretudo da cutícula, que reveste parcialmente
a lúnula, pode crescer em excesso e provocar uma certa dor ou apenas ser pouco
estética. Embora estas peles possam ser cortadas, com instrumentos afiados e
perfeitamente limpos, nunca devem ser arrancadas, já que podem originar feridas
que podem infectar-se.
Antes de se proceder à eliminação das cutículas, deve manter-se a mão
submergida em água morna com sabão, por um determinado período de tempo, de
modo a que fiquem mais moles. Depois, deve empurrar-se uma a uma até à raiz da
correspondente unha, por exemplo com um cotonete ou palito, sempre molhado com
um produto específico para retirar cutículas. Se bem que este procedimento
costume ser eficaz, por vezes pode ser complementado com o corte do excesso
depois dos dedos já se encontrarem secos.
Verniz das unhas
Embora a utilização de vernizes possa constituir
uma forma de proteger as unhas, no fundo, a sua finalidade é puramente
estética. Todavia, deve-se sublinhar que a sua aplicação, para além de realçar
as unhas ou ocultar possíveis defeitos, também as torna menos quebradiças. De
facto, deve ter-se em conta que, como a película que constitui o verniz impede
a evaporação da água, quando se submergir as mãos em água imediatamente antes
da manicura, deve esperar-se que as unhas fiquem completamente secas, para que
não retenham uma quantidade excessiva de água. Por outro lado, a utilização
excessiva de verniz propicia a secagem das unhas, que ficam menos elásticas.
Por fim, é preciso não esquecer que estes produtos contêm algumas substâncias
que podem, entre as pessoas alérgicas, originar irritações nos próprios dedos
ou disseminar-se para outras zonas do corpo que estejam intimamente ligadas às
unhas. Nestes casos, deve identificar-se a substância responsável pela alergia,
evitar por completo a sua utilização e verificar se os produtos utilizados não
a contêm.
Abaixo você Pode Acompanhar Uma Tabela que Demonstra algumas doenças Mais frequëntes nas Unhas: